(para meu pai Arno Holderbaum)
Meu pai viajou de menino
Palmilhando infinito
Deserto-pampa solito
Altíssima serra
Onde a terra
Era companheira
De antiga capa de chuva
Cortada por adaga
E vento
Nem patrão nem carteira
Nunca teve
Identidade alguma
Sina de gente
Vertente
Estancada menina
Seu lar primeiro
Foi relento parceiro
Trotando sonâmbulo
No perau das estrelas
Passou sua vida-minuto
Varando os sete cantos
De léguas e canhadas
Em lombo de zaino e malhado
Casaco e chapéu surrado
Cavaleiro secreto
De um tempo encantado
(*) misto de aventureiro com viajante
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