Acordo, abro os olhos, estou vivo. Bom, menos mal, vamos em frente, esqueça as dores na coluna digo pra mim, olhe só lá fora, que sol! Sempre me proclamei um otimista. A manhã passa, os dias passam, ando pela casa, caminho, leio, tenho tido, olha o tempo do verbo - maravilha das maravilhas! - ereções expontâneas, não vou dizer quantas, que não estou aqui pra me gabar.
Mas fulano, me alerta um ouvinte atento, tu já me contaste isso antes. Observo que o meu problema momentâneo não é de natureza sexual mas de memória. De novo? indago pra mim mesmo. Há coisas muito piores, me consolo. Coisas que me incomodam: excesso de futebol e de ausência de crítica a esse excesso. Aí ouço dizer: mas isso é coisa de quem não gosta de futebol.
Joguei futebol toda minha infância e adolescência, fui repórter esportivo, vejo futebol todos os dias na TV, assisto e leio os melhores comentaristas desse jogo e dizem agora que não gosto do esporte porque exijo mais crítica.
Mude de assunto, rapaz, estás passando a idéia de um cara senil cheio de incômodos, vão te achar chato e redundante, mal humorado, de mal com a vida.
Anima-te, neste teclado tens o mundo aos teus pés, digo, às tuas mãos. Clique ali e ouvirás e assistirás Nat King Cole cantando Perfidia ou Santana estraçalhando Soul Sacrifice em Woodstock. Clique lá e lerás blogs empolgantes, contundentes, revelando que os teus colegas jornalistas estão melhores do que nunca.
O elogio unânime à internet também me deixa cabreiro. Noto e observo: continuo incomodado com os excessos. Há um excesso de crédito monetário na praça. Como é que dizia Vinicius naquele poema
célebre? Há um frenesi de dar bananas, porque hoje é sábado. Tive a semana inteira para escrever estas linhas e fui digitá-las transgressivamente no dia de descanso.
Mas fulano, me alerta um ouvinte atento, tu já me contaste isso antes. Observo que o meu problema momentâneo não é de natureza sexual mas de memória. De novo? indago pra mim mesmo. Há coisas muito piores, me consolo. Coisas que me incomodam: excesso de futebol e de ausência de crítica a esse excesso. Aí ouço dizer: mas isso é coisa de quem não gosta de futebol.
Joguei futebol toda minha infância e adolescência, fui repórter esportivo, vejo futebol todos os dias na TV, assisto e leio os melhores comentaristas desse jogo e dizem agora que não gosto do esporte porque exijo mais crítica.
Mude de assunto, rapaz, estás passando a idéia de um cara senil cheio de incômodos, vão te achar chato e redundante, mal humorado, de mal com a vida.
Anima-te, neste teclado tens o mundo aos teus pés, digo, às tuas mãos. Clique ali e ouvirás e assistirás Nat King Cole cantando Perfidia ou Santana estraçalhando Soul Sacrifice em Woodstock. Clique lá e lerás blogs empolgantes, contundentes, revelando que os teus colegas jornalistas estão melhores do que nunca.
O elogio unânime à internet também me deixa cabreiro. Noto e observo: continuo incomodado com os excessos. Há um excesso de crédito monetário na praça. Como é que dizia Vinicius naquele poema
célebre? Há um frenesi de dar bananas, porque hoje é sábado. Tive a semana inteira para escrever estas linhas e fui digitá-las transgressivamente no dia de descanso.
É ...o futebol, a internet....os blogs e o sexo...o trabalho a leitura as intimidades e os nexos....tudo embaralhado ....só porque hoje é sábado....ou qualquer outro dia da semana....Tudo porque a vida é tudo isso ...temos de lidar com esse negócio!!
ResponderExcluirbjsss
Flora
Pois precisamos de ti, dos teus comentários, textos, poemas, cronicas, artigos. Quem sabe uma saraivada sobre futebol, para começar, esquentando os tamborins para a Copa, colocando no ar tudo o que vês, acompanhas, sacas, criticas? Craque na letra pode entrar em campo todo dia. Eu não vejo vida inteligente na cronica esportiva, com honrosas exceções. E escrever no fim de semana é muito apropriado para quem gosta de esporte, atividade tradicional de sábado e domingo! Abs
ResponderExcluirAmigo Virson. Não podemos ficar sem teus textos. Dá um jeito. Pode ser um bom remédio para dor nas costas. Se não, gasta 180 paus por mês (na Farmácia pouco preço sai por cento e quarenta e poucos) e toma CONDORFLEX. Meu ortopedista me salvou desse martírio. Não sei se nosso caso é o mesmo. É um lubrificante de cartilagem, um santo remédio para as dores insuportáveis que sentia. Abs MM
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